"Um Pequeno Gracejo..."


Por muito tempo vi...
Por muito tempo gostei...
Vi que gostei de uma máscara...
Teu falso amor,
Teu falso sorriso,
Tuas falsas palavras,
Uma ilusão...
Diga-me apenas uma coisa,
Porque tremes ao me ouvir?
Para onde foi tua verdade, tua sinceridade?
E a amizade?
Perguntas não respondidas
De uma alma falsamente correspondida...
Enganada...
Iludida...
Falsário!
Ser imaginário!
Vá para longe viver teu conto-de-fadas
Tua falsa Terra-Do-Nunca...
Mas saibas que mesmo lá,
Nunca serás o Peter Pan...

O Renascer


A dor lacerante que me queimava arrefeceu
Agora posso abrir meus olhos
Tons acinzentados invadem minha visão
Tento me mover, mas não consigo
Sinto meu corpo agora encolhido
Preso...
Preso num mundo cinza e escurecido
Um lugar frio e inóspito
Sinto meu corpo nu tremer
Não sinto vida em minhas veias
Não há ninguém aqui
Não há nada além de mim e as cinzas que me cercam
Não há luz, apenas trevas
As memórias e lembranças de antes já não existem mais
Nem resquícios em minha mente habitam
Não sei quem sou, nem mesmo quem fui
Um calor repentino surge às minhas costas
E faz meu corpo se soltar...
São minhas asas invadindo com força como labaredas de fogo
Fogo que não me fere
Fogo que me aquece
Fogo que me revive!
Chamas! Chamas queimam ao meu redor
A vida corre novamente em minhas veias
Me ergo do chão
E gritando uma canção
Corto os céus com minhas asas
Deixando um rastro de fogo que ilumina a escuridão